Greve no <em>Liberation</em>

Os trabalhadores do jornal francês Liberation iniciaram, na segunda-feira, 21, uma greve por tempo indeterminado em protesto contra o plano de redução de custos apresentado pela administração que prevê a supressão de 52 postos de trabalho, ou seja 15 por cento do efectivo total.
Na sequência da paralisação votada em assembleia-geral pela quase unanimidade dos 250 trabalhadores presentes (apenas quatro votaram contra e um absteve-se), a edição de terça-feira não saiu para as bancas.
O projecto de «optimização da organização» foi anunciado em Setembro por Serge July, o patrão e fundador do jornal em 1973, que cedeu, em Abril passado, 38,87 por cento do capital ao financeiro Edouard de Rothschild.
Na empresa foram assim injectados 20 milhões de euros que agora é preciso rentabilizar. Nesse sentido, o projecto sublinha a necessidade de diminuir os custos fixos, através da concentração de funções hieráquicas e da externalização de certas actividades.
No total, a administração pretende economizar quarto milhões de euros de modo a que a empresa comece a dar lucros em 2007. A difusão do diário diminuiu 9,8 por cento entre 2004 e 2005, para pouco mais de 134 500 exemplares. As receitas de publicidade diminuíram igualmente cerca de 10 por cento.


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